Por que o dólar disparou e recuperou após a vitória de Trump? Entenda o cenário econômico
A vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos trouxe grande volatilidade ao mercado financeiro global, impactando diretamente a cotação do dólar em relação ao real. Inicialmente, o dólar comercial disparou quase 2%, mas logo se recuperou, deixando investidores atentos e ansiosos. O que levou a essa reviravolta? Vamos detalhar os fatores econômicos, políticos e fiscais que influenciaram esse cenário.
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O impacto inicial: políticas inflacionárias de Trump geram temor
Logo após a vitória de Trump, o mercado global reagiu com nervosismo. Suas promessas de campanha, como aumento de tarifas de importação, bloqueio a imigrantes e cortes de impostos , foram interpretadas como medidas inflacionárias, que poderiam exigir taxas de juros mais altas nos EUA.
Conforme o economista-chefe do Banco BMG, Flavio Serrano, “o discurso protecionista de Trump, com tarifas elevadas e redução de impostos, aponta para juros mais altos e um dólar mais forte no longo prazo” . Essa perspectiva inicial fez com que o dólar subisse consideravelmente.
O dólar no Brasil: fatores internos amplificam o movimento
No Brasil, o comportamento do dólar foi influenciado não apenas pelas reações ao cenário internacional, mas também por fatores internos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que as medidas fiscais estão sendo finalizadas, o que trouxe um alívio momentâneo para os juros futuros no país.
No entanto, o problema fiscal doméstico ainda pesa significativamente. O aumento dos juros nos EUA reduz a atratividade do movimento de carry trade (quando os investidores tomam empréstimos em moedas fortes para investir em países com maior retorno). Essa mudança de fluxo de capital fortalece o dólar em relação ao real.
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A reunião do Banco Central e o impacto na Selic
Outro ponto relevante foi a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. O Copom decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, atingindo 11,25% ao ano. Apesar disso, a atratividade do Brasil como destino de investimento permanece estável, considerando os altos rendimentos ainda oferecidos pelo país mesmo com o aumento dos juros nos EUA.
As cotações: como o dólar se comporta no mercado
No auge da volatilidade, o dólar à vista alcançou R$ 5,862 , mas recuperou para R$ 5,742 , registrando uma leve baixa de 0,08%. Já o dólar futuro apresentou um aumento de 0,82%, diminuindo que os investidores continuem cautelosos em relação aos próximos investimentos econômicos.
Tipo de Dólar | Compra | Venda |
---|---|---|
Dólar Comercial | R$ 5.742 | R$ 5.742 |
Dólar Turismo | R$ 5,87 | R$ 6,05 |
Medidas fiscais no Brasil: o papel de Fernando Haddad
A fala do ministro Fernando Haddad foi crucial para enganar os mercados no Brasil. Ele afirmou que as rodadas de reuniões ministeriais foram concluídas e que o próximo passo será buscar diálogo com os líderes do Congresso para discutir o envio das medidas fiscais.
O professor Gesner Oliveira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explicou que a vitória de Trump fortalece uma visão protecionista, aumentando a pressão inflacionária global e exigindo ajustes locais para evitar um impacto maior no Brasil .
Entendendo o movimento do câmbio: o nervosismo e a estabilização
O movimento inicial de alta no dólar pode ser atribuído à incerteza gerada pela vitória de Trump, mas, com o tempo, os mercados começaram a digerir as informações. Os fatores domésticos, como a política fiscal e monetária do Brasil, também foram desenvolvidos para moderar o impacto.
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Conforme apontado por especialistas, o dólar não opera isolado. Fatores como decisões políticas, expectativas inflacionárias e ações do Banco Central são determinantes para o comportamento da moeda .
O futuro da economia global: o que esperar?
Com a vitória de Trump, a economia global enfrenta novos desafios. O aumento das taxas de juros nos EUA, aliado às políticas protecionistas, pode levar a uma desaceleração do comércio global, impactando principalmente economias emergentes como a do Brasil.
A expectativa é que o Brasil continue atraindo investidores devido aos altos rendimentos proporcionados pela Selic, mas isso dependerá de uma gestão fiscal responsável e da capacidade de implementação de reformas estruturais.
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A vitória de Trump provocou uma ocorrência imediata no mercado, com o dólar disparando antes de recuar. O nervosismo inicial refletiu temores em relação às políticas inflacionárias nos EUA e ao impacto global disso. No Brasil, fatores fiscais e decisões do Banco Central ajudaram a mitigar o efeito sobre a moeda americana.
O cenário reforça a importância de uma gestão fiscal responsável e de medidas que mantenham o Brasil atraente para investimentos estrangeiros.
Perguntas frequentes
1. Por que o dólar subiu após a vitória de Trump?
O dólar subiu devido ao nervosismo inicial causado pelas promessas de políticas inflacionárias, como aumento de tarifas e cortes de impostos nos EUA.
2. O que fez o dólar voltar depois?
Fatores internos, como a fala do ministro Fernando Haddad e decisões fiscais, ajudaram a estabilizar o mercado no Brasil.
3. Como a Selic influencia o dólar?
A elevação da Selic torna o Brasil mais atraente para investidores, compensando o impacto de juros altos nos EUA.
4. Qual o impacto das políticas de Trump na economia global?
As políticas de proteção
5. O que esperar para o dólar no futuro próximo?
O dólar deve continuar volátil, dependendo das decisões fiscais no Brasil e das políticas monetárias dos EUA.
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